Ministry of Culture and Itaú present
PORTUGUÊS   //   ENGLISH

E-mail successfully sent.
Please complete your register.

*Name
City
State
Country
Category
  • INTRODUCTION
    • » It‘s All True
    • » Amir Labaki
    • » Acknowledgements
  • CO-ORDINATION
    • » Itaú Cultural
    • » Sesc São Paulo
    • » Spcine
    • » Ministry of Culture
  • SCHEDULE
    • » Program
  • AWARDS
    • » Jury 2025
    • » Official Awards
  • GALLERY
    • » Photos
    • » Videos
  • LATEST NEWS
  • SUPPORT
  • PRESS
    • » Releases
    • » Clipping
  • TEAM
    • » Team
  • PAST EDITIONS
  • FESTIVAL'S CALENDAR
    • » Festivals Calendar
  • CONTACT
» newsletter
Sign up here to receive our newsletter
send »
» search movies
2012/13/14/15
16/17/18/19/20
21/22/23/24/25
 
» Home /
Latest News /
weekly column at valor econômico
10/11/2024
A Verdadeira Saga do Superman
Por Amir Labaki

Há exatos vinte anos, Super-homem morreu. Era 10 de outubro de 2004 e Christopher Reeve, o mais célebre intérprete nas telas do herói vindo de Krypton, já sobrevivia há quase uma década como tetraplégico depois de quebrar o pescoço num acidente em cavalo. Reeve soube aplicar sua fama global de estrela hollywoodiana em militância pela afirmação dos direitos da pessoa com deficiência e por maiores investimentos em pesquisas sobre lesões na coluna vertebral, incluindo a legalização de trabalhos a partir de células-tronco embrionárias humanas.

Não poderia ser mais oportuno, assim, o lançamento nacional, neste dia 17, do documentário “Super/Man: A História de Christopher Reeve’, de Ian Bonhôte e Peter Ettedgui, que tem pré-estreia no Festival do Rio nesta quinta (10), na exata efeméride de sua morte, depois da estreia mundial no Sundance Film Festival de janeiro último. Outra bela homenagem é o retorno às telas em versão restaurada de nada menos que “Superman, O Filme” (1978), de Richard Donner, não apenas o filme que para bem e para mal o celebrizou, mas também uma produção de impacto decisivo no cinema de Hollywood desde então.

O tocante filme de Bonhôte e Ettedgui apresenta a saga de Reeve contando em paralelo sua história pessoal e profissional e como o trágico acidente reorientou-lhe a vida em favor da ampliação das pesquisas científicas, a partir da fundação estabelecida com a segunda esposa, Dana Reeve (1961-2006), ainda hoje atuante, sob a liderança dos três filhos, Matthew, Alexandra e Will.

Pela causa maior, o documentário passa ao largo da influência empobrecedora de “Superman” sobre o mercado cinematográfico.
É pena, mas compreensível. Ainda assim, num depoimento de arquivo anterior ao acidente, um arguto Christopher Reeve reclama do impacto da febre de sequências que tomou Hollywood a partir da série de super-heróis de quadrinhos por ele protagonizada.

Uma das provas foi a própria restrição de papéis enfrentada em sua própria carreira. Sean Connery lutou, mas libertou-se de Bond, James Bond; Reeve jamais conseguiu escapar do figurino de Superman -e seu dramático destino contribuiu para tanto, ao restringir-lhe as possibilidades e encurtar-lhe por fim o tempo, assim como pelo contraste macabro entre o a invulnerabilidade do herói e a fragilidade inerentemente humana de seu intérprete.

Reeve foi catapultado do anonimato aos 26 anos de ator iniciante na Broadway às marquises do mundo inteiro. Contava com uma sólida formação dramática com John Houseman, o ex-parceiro e longo desafeto de Orson Welles, tendo por contemporâneo na Julliard um amigo para a vida, Robin Willians (1951-2014). A sempre certeira Glenn Close sustenta que, não fosse a precoce partida de Reeve, Williams teria driblado os próprios demônios e ainda “estaria entre nós”.
“Superman” fez história, ocupando por mais de três meses o topo das bilheterias nos EUA. Criadas em tirinhas por Joe Shuster e Jerry Siegel em 1938, as aventuras de Kal-El haviam tido sucesso numa adaptação televisiva nos anos 1950, estrelada por George Reeves (1914-1959). Mas super-heróis de quadrinhos pareciam condenados à tela pequena, como teria reafirmado o seriado cult “Batman”, na década seguinte. O triunfo do cativante filme de Donner mudaria tudo -e quanto.

A primeira sequência, de conturbada produção, não demorou nem dois anos. “Superman II – A Aventura Continua” (1980) apresentava Mario Puzo (O Poderoso Chefão) como um dos roteiristas (!) e Richard Lester substituiu Richard Donner na direção no meio do percurso. O enredo se tornou mais extravagante, para comportar o ainda maior investimento em efeitos especiais, muito do frescor se fora, mas alguma graça ainda estava lá. Não resistiram e cometeram ainda uma terceira (1983, do mesmo Lester) e uma quarta sequências (1987, de Sidney J. Furie). Por favor, se poupe.

Durante esta quase década, Reeve buscou demonstrar maior versatilidade, com inegável apelo popular como o escritor romântico de “Em Algum Lugar do Passado” (1980), de Jeannot Szwarc, ou como o maquiavélico aspirante a dramaturgo de “Armadilha Mortal” (1982), de Sidney Lumet. Aposentado como Super-homem desde 1987, a nova liberdade não o livrou do estigma. Reeve já parecia condenado a telefilmes quando aquela queda de maio de 1995 impôs-lhe um terceiro ato devastador.

Paralisado dos ombros para cima, dependente de um respirador, Christopher Reeve não se furtou da cena pública, como relembram algumas das sequências mais inspiradas do filme de Ian Bonhôte e Peter Ettedgui. Já em 1996, ele levou sua luta em favor da pesquisa científica e dos direitos da pessoa com deficiência ao palco tanto do Oscar quanto da convenção do Partido Democrata.

Reeve tampouco renunciou a criar. Dirigiu dois filmes (Armadilha Selvagem, 1997, e A História de Brooke Ellison, 2004), estrelou uma audaciosa refilmagem de “Janela Indiscreta” (1998, direção de Jeff Bleckner), e escreveu uma vigorosa autobiografia (Still Me, 1998, Random House, EUA, lançada aqui em 2001 pela DBA sob o título ‘Ainda Sou Eu’). Ele se despediu, mas sua maior batalha jamais foi tão presente. “Superman” o inscreveu na memória coletiva, mas é ao assistir “Super/Man” que você jamais o esquecerá.

Share
« Back
» sponsorship
» partnership
» cultural supporters
» co-ordination
  • INTRODUCTION
    • - It‘s All True
    • - Amir Labaki
    • - Acknowledgements
  • GALLERY
    • - Photos
    • - Videos
  • TEAM
    • - Team
  • REALIZATION
    • - Itaú Cultural
    • - Sesc São Paulo
    • - Spcine
    • - Ministry of Culture
  • SCHEDULE
    • - Program
  • PRESS
    • - Press Contact
    • - Releases
  • LATEST NEWS
  • AWARDS
    • - Jury 2025
    • - Official Awards
  • FESTIVAL'S CALENDAR
    • - Festivals Calendar
  • CONTACT
  • SUPPORT
  • LATEST NEWS
Rua General Jardim, 770 - cj. 8A - 01223-011 - São Paulo - SP / Tel. 11 3064.7485