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08/16/2024
Era Uma Vez na Hollywood de 1982
Por Amir Labaki


Um dos mais ambiciosos e provocativos livros de cinema publicado neste ano no mercado americano lança uma nova tese sobre o ponto de virada da produção hollywoodiana contemporânea, quase monopolizada pela obsessão por blockbusters em séries em geral protagonizados por heróis de quadrinhos. Já o título é retumbante: “The Future Was Now: Madmen, Mavericks and The Epic Sci-Fi Summer of 1982” (o futuro era agora: loucos, ‘mavericks’ e o épico verão da ficção cientifica de 1982, Flatiron Books, 304 págs, US$ 29,99).


Escrito por Chris Nashawaty, ex-crítico de cinema da revista The Entertainment Weekly, seu argumento central remonta a lançamentos nas telas de cinema dos dois meses das férias daquele verão dos EUA: “Durante as oito semanas entre 16 de maio e 9 de julho, os grandes estúdios de Hollywood lançariam oito filmes de fantasia/ficção científica que não somente se tornariam pedras angulares do cânone da cultura pop mesmo mais de quatro décadas depois (como) também transformariam radicalmente a forma pela qual a indústria cinematográfica fazia -e ainda faz- negócios, asfaltando o caminho para nossa atual era de blockbusters-o-tempo-todo”.


Quais produções destaca Nashawaty? Em ordem alfabética segundo os títulos no Brasil, “Blade Runner – Caçador de Andróides”, dirigido por Ridley Scott; “Conan, O Bárbaro”, John Milius; “O Enigma do Outro Mundo”, John Carpenter; “E.T., O Extraterrestre”, Steven Spielberg; “Jornada nas Estrelas II – A Ira de Khan”, Nicholas Meyer; “Mad Max II: A Caçada Continua”, George Miller; “Poltergeist, O Fenômeno”, Tobe Hooper; e “Tron – Uma Odisséia Eletrônica”, Steven Lisberger.


“Esses oito filmes lançariam o olhar para admiráveis ​​mundos novos, angustiantes e perturbadores’, argumenta Nashawaty. “Eles ampliariam os limites do que um gênero considerado à margem do entretenimento popular era realmente capaz. E tentariam finalmente falar e servir a um público que foi negligenciado e mal atendido por muito tempo”.


“The Future Was Now” disseca minuciosamente os bastidores de suas produções e da repercussão das estreias nas bilheterias e nas críticas. Há evidente hipérbole ao classificá-los todos como “filmes audaciosos feitos por artistas desbravadores”.


Nem metade deles foi exatamente bem recebido quando do lançamento, a começar de “Blade Runner”, talvez de todos aquele que conquistou antes nas décadas seguinte o merecido status de “cult movie”. Também o filme de Scott e a superprodução da Disney “Tron” naufragaram feio na arrecadação da estreia. Apenas três ficaram entre as dez maiores bilheterias de 1982: o fenômeno “E.T.”, líder disparado, o não menos spielberguiano “Poltergeist”, em sétimo lugar, e “Star Trek II”, em nono. A recepção no Brasil, vale lembrar, não foi diferente.


O empenho de Nashawaty se compreende em seu esforço de definir o grupo como “uma ponte entre a Nova Onda de Hollywood de influência europeia do fim dos anos 1960 e 70 e a era do filme-evento dos 90 em diante”. “The Future Was Now” pode ser lido como uma sequência de duas obrigatórias histórias do cinema americano dos períodos imediatamente anteriores, ambas já editadas no Brasil.


Em “Cenas de Uma Revolução – O Nascimento da Nova Hollywood” (L&PM, 2011), Mark Harris reconstitui a renovação estética e geracional após o fim da era clássica dos grandes estúdios tendo por foco dramático a luta pelo Oscar de melhor filme de 1968 entre cinco filmes (Bonnie & Clyde, A Primeira noite de um homem, O Fantástico Doutor Dolittle, Adivinhe Quem Vem Para o Jantar, No Calor da Noite). 


Por sua vez, em “Easy Riders, Raging Bulls - Como A Geração Sexo, Drogas e Rock’n Roll Salvou Hollywood” (Intrínseca, 2009), Peter Biskind conta a mutante história do cinema americano da década de 1970, da aurora dos independentes aos pioneiros dos blockbusters, a partir de panoramas biográficos de cineastas como Robert Altman, Francis Ford Coppola, Brian De Palma, George Lucas, Martin Scorsese e Steven Spielberg.


O próprio Nashawaty reconhece que antecedem um pouco a 1982 as origens do que define como “fórmula toda nova”. Como narrado pela deliciosa saga de Biskind, os dois marcos essenciais do que se tornaria a Hollywood de hoje foram, naturalmente, as estreias de “Tubarão”, de Spielberg, no verão americano de 1975, e de “Guerra Nas Estrelas”, de Lucas, no de 1977. Cumpre acrescentar, como precursor da onda avassaladora de filmes de super-heróis, o “Superhomem” de Richard Donner, lançado no fim de 1978.


Na minha memória adolescente nas salas escuras, foi quando a grande virada se descortinou. Mais para mal do que para bem. 

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