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07/12/2024
Um Balanço do Documentário na França

Por Amir Labaki


Você deve já ter visto ao menos um episódio de uma das séries ficcionais francesas de maior sucesso recente, “Dix Pour Cent”, de Fanny Herrero, sobre uma agência de atrizes e atores, que teve quatro temporadas lançadas desde a estreia em 2018 na Netflix. Mas será que já assistiu na mesma plataforma à série não-ficcional gaulesa mais vista pelos franceses no ano passado, “A Cúmplice do Mal: Monique Olivier”, em que Christophe Astruc e Michele Fines retratam a esposa do “serial killer” Michel Fourniret (1942-2021), conhecido como o Ogro das Ardenas, que matou 12 pessoas entre 1998 e 2003 na França e Bélgica?


Também disponíveis pela Netflix no Brasil estão a segunda e a terceira séries documentais francesas mais populares em 2023. “Tour de France: No Coração do Pelotão” radiografa, em oito episódios, os desafios de algumas das principais equipes que disputaram uma das mais tradicionais competições mundiais de ciclismo em 2022 (uma nova temporada acabou de estrear retratando a de 2023). Por sua vez, dirigida por Maxime Bonnet e Baptiste Etchegaray, “A Bilionária, O Mordomo e o Namorado” devassa, em três partes, o conflito entre Liliane Bettencourt (a herdeira do grupo L’Oreal) e sua filha Françoise em torno da ligação da matriarca com o fotógrafo François-Marie Banier.


Essas três produções ficaram entre as dez séries documentais mais vistas no streaming francês no ano passado, respectivamente no 5º, 8º e 10º. posto. A líder de visionamento é a série britânica “Fórmula 1: Dirigir Para Viver”, lançada em 2019 pela Netflix e já em sua sexta temporada. O domínio da Netflix espelha sua liderança também quanto à oferta para o mercado francês, com mais de 1300 títulos (somadas séries e longas documentais), com quase o dobro da segunda colocada (a também americana Prime Video) e pouco mais que o dobro da terceira (a francesa myCanal/Canal + Series).


Segundo o relatório sobre o mercado do cinema e do audiovisual documental na França publicado no final do mês passado pelo Centro Nacional do Audiovisual e da Imagem Animada (CNC), disponível online, a oferta de documentários pelas plataformas pagas de streaming na França quase triplicou desde 2019. Nada menos que 28% dos títulos são produções francesas. No segmento específico de séries documentais, o predomínio é dos EUA, com pouco mais de 50% da oferta, seguido por quase 20% de produções gaulesas.


Não se doure a pílula: também na França, “as séries de ficção são o motor do streaming”, com 66,7% das horas consumidas. A produção documental alcança 2,3% do consumo total, sendo 71,7% por séries e 21,7% por documentários de longa-metragem.


A retomada pós-pandemia do público para longas documentais em salas tem sido lenta também na França. Em 2023, estrearam 115 títulos nos cinemas (eram em média 133 entre 2017 e 2019), sendo 77,9% produções francesas. No total, foram alcançados 1,5 milhões de espectadores, apenas cerca de 1% dos ingressos vendidos no país. Pré-Covid, o recorde da década havia sido alcançado em 2016, para um público pagante de 3,3 milhões de espectadores. O resultado representa uma queda de 17,4% em relação a 2022, enquanto a frequentação total no país subiu 19,2% no mesmo período.


Ainda inédito no Brasil, o documentário mais visto na França no ano passado foi “Guardiãs do Planeta”, um foco na vida das baleias dirigido por Jean-Albert Lièvre e narrado por Jean Dujardin (O Artista). O filme vendeu 176.400 ingressos, com um público majoritário (39%) de idade superior a 50 anos. É um resultado um pouco superior que a divisão etária total: maiores de 50 anos representam 36,7% do público para documentários, com 28,2% para espectadores com menos de 25 anos e 35,2% entre 25 e 49 anos.


Como sinal do impacto positivo da participação em festivais, o segundo, o terceiro e o sexto documentários mais vistos no ano passado estampavam premiações de peso nos três principais eventos do calendário europeu. A coprodução franco-germano-tunisiana “As 4 Filhas de Olfa”, de Kaouther Ben Hania, disponível na Prime Video, foi um dos vencedores do Olho de Ouro de melhor documentário de Cannes 2023 e conquistou ainda uma das cinco vagas de finalistas ao Oscar da categoria. Por sua vez, o francês “No Adamant”, de Nicolas Philibert, venceu o Urso de Ouro da Berlinale no ano passado. Já o americano “Toda A Beleza e A Carnificina”, de Laura Poitras, ganhou o Leão de Ouro em Veneza em 2022, recebendo também uma indicação ao Oscar.


Há muito mais no balanço do CNC. Privilegiei o enfoque sobre o consumo mais próximo de nossa experiência de espectadores brasileiros. Jamais por aqui chegamos sequer próximos da participação na França da televisão aberta para o mercado de documentários, tanto na produção quanto na difusão. Quanto aos segmentos do estudo dedicados à produção, louve-se o constante avanço francês na participação autoral de mulheres e preocupa o crescente incremento do recurso ao faroeste da inteligência artificial. Em mais de um sentido, o documentário vive hora de transição. Lá como cá. 



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