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06/21/2024
RITROVATO EXPANDE HISTÓRIA DO CINEMA
Por Amir Labaki

Por lentes italianas, o Brasil volta neste ano às telas do Il Cinema Ritrovato, o principal evento mundial dedicado ao cinema de patrimônio, organizado pela Cinemateca de Bolonha, que acontece deste sábado (dia 22) ao outro domingo (30). A pré-abertura de sua 38ª edição, na terça (18), apresenta na Piazza Maggiore nada menos que a versão restaurada de “Intriga Internacional” (1959), o thriller dos thrillers de Alfred Hitchcock.

Faz sua estreia na quarta (26) a cópia recém-restaurada de “Trópicos” (1968), o único longa-metragem realizado por aqui por Gianni Amico (1933-1990), o cineasta italiano mais próximo da geração brasileira do Cinema Novo. Como organizador e curador, Amico foi um dos principais divulgadores internacionais da escola que renovou o cinema brasileiro na década de 1960 em eventos como a mostra de cinema latino-americano de Santa Margherita Ligure (1960-1965), e dos festivais de Porretta Termine e Pesaro.

Como realizador, entre colaborações com Bertolucci (Antes da Revolução), Godard (Vento do Leste) e Glauber Rocha (Der Leone Have Sept Cabeças), Amico veio ao Brasil em fins dos anos 1960, dirigindo documentários curtos para a RAI, como “Jovens Brasileiros” (1967) e “Ah! Vem o Samba” (1968), antes de mergulhar em sua estreia em longa-metragem com “Tropici”. Protagonizado por Joel Barcellos, Janira Santiago e Antonio Pitanga, acompanha o que o próprio Amico resumiu como “a história de um grupo de pessoas que passa da escravidão ao capitalismo internacional”. Ao combinar o entrecho ficcional a “clips documentais”, “a ideia geral no filme”, explica o diretor, “é que o subdesenvolvimento consiste de muitas coisas, mas acima de tudo do subdesenvolvimento da consciência”.

Cinco cineastas ganham focos mais extensos. Outro judeu russo a sentar praça em Hollywood, Anatole Litvak (1902-1974) tem por título hoje mais célebre talvez “Uma Vida Por Um Fio” (1948), que levou Barbara Stanwyck a uma indicação ao Oscar, e “Anastasia, A Princesa Esquecida” (1956), que valeu a Ingrid Bergman a primeira estatueta da Academia. Somados a títulos como “Uma Canção Para Você” (1941) e “Decisão Antes do Amanhecer” (1951), o ciclo intitulado “Jornadas Pela Noite” sustenta como marca essencial de seu cinema “a bida como metáfora por atravessar a noite, esperando pela luz do dia”, segundo o curador Ehsan Khoshbakht.

Apresentado como “Uma Testemunha Incômoda”, o italiano Pietro Germi (1914-1974) firmou-se como dos mais populares diretores a fazer com sucesso a transição do Neorrealismo (Juventude Perdida, 1947) à comédia de sucesso internacional (Divórcio à Italiana, 1962). Também atravessando bem épocas distintas, da era muda ao filme sonoro, o finlandês de nascimento Gustav Molander (1888-1973) ultrapassou no cinema sueco a marca de 70 filmes em meio século, conquistando o epíteto de “O Diretor de Atrizes” em obras como “A Mulher Que Vendeu A Alma” (1938), com Ingrid Bergman antes da carreira internacional, e “Desafio” (1952), que revelou Harriet Andersson um ano antes da consagração com “Mônica e o Desejo” de Ingmar Bergman.

Praticamente desconhecido no Ocidente, Kozaburo Yoshimura (1911-2000) é apresentado como “um dos mestres negligenciados do cinema clássico japonês”. Da mesma geração de Kurosawa, mas mais próximo em sensibilidade a Mizoguchi, sua especialidade são melodramas desenvolvidos durante a rápida modernização no imediato pós-guerra. Títulos como “Irmãs de Nishijin” (1952) e “Corrente Subterrânea” (1956) levaram o principal crítico nipônico, Tadao Sato, a sustentar que “sua grande força são os filmes realistas, baseados numa compreensão detalhada da estrutura social”.

Bolonha convida ainda a conhecer, no centenário de seu nascimento, o primeiro e menos conhecido período da filmografia de Serguei Paradjanov (1924-1990). De família armênia mas nascido na Geórgia, foi na Ucrânia então também sob jugo soviético que se lançou como filmes como “Andriesh” (1954), “O Primeiro Filho” (1958) e “Rapsódia Ucraniana” (1961), até sua grande revelação ao mundo com “Os Cavalos de Fogo” (1965), firmando seu estilo baseado em folclore, canções e danças.

Il Cinema Ritrovato convida ainda a revisitar os clássicos de Marlene Dietrich (1901-1992) e cinco dos filmes que nos anos 1970 ampliaram a paleta feminista da atriz (e diretora) francesa Delphine Seyrig (1932-1990). Um ciclo batizado “Dark Heimat” (Pátria Sombria) reúne produções pós-1945 da Alemanha Federal e da Áustria em que pulsa o desassossego, como “Sombras Misteriosas” (1949), do imenso G. W. Pabst e “Montanha de Cristal” (1949), de Harald Reinl.

Além de foco nas safras de 1904 e de 1924 e de uma mostra com experimentos pioneiros com o cinema colorido em bitolas amadoras, o festival italiano celebra na seção Documentos e Documentários o centenário do cineasta americano Lionel Rogosin (On The Bowery, 1956) e o principal mestre não-ficcional afro-cubano, Nicolás Guillén Landrián (Ociel del Toa, 1965). Às vésperas de completar quatro décadas, Il Cinema Ritrovato reafirma o quanto a história do cinema ainda nos tem a revelar.


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