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04/26/2024
Um Balanço do 29º Festival

Por Amir Labaki

Foi bonita a festa, pá. Tomo emprestada a saudação popular (tornada verso por Chico Buarque) à Revolução dos Cravos em Portugal, cujo cinquentenário celebrou-se ontem, para um balanço do É Tudo Verdade 2024, encerrado em salas de Rio de Janeiro e São Paulo no último dia 14.

O retorno do público às salas, lotando sobretudo, mas não apenas as estreias da robusta e diversa novíssima safra brasileira, e o reconhecimento da excelência da seleção desta 29ª edição reafirmaram: superados a crise e o ceticismo disseminados pela pandemia, o cinema voltou.

As competições brasileiras de longa e de curta-metragem tiveram vencedores em momentos polares de suas carreiras, respectivamente com o veterano Renato Barbieri triunfando com “Tesouro Natterer” e a estreante Gabrielle Ferreira com “As Placas São Invisíveis”. O júri nacional foi formado pela diretora Edileuza Penha de Souza, a editora de som Miriam Biderman e o cineasta Walter Lima Junior.

“Tesouro Natterer” recupera a trajetória brasileira do naturalista austríaco Johann Natterer (1787-1843), que em quase duas décadas de expedições pelo país reuniu para estudo e preservação em Viena um dos maiores acervos etnográficos sobre os povos indígenas do Brasil. A justificativa do júri destacou-lhe “os compromissos com pesquisa, com o tempo e a memória”.

A luta pela aplicação na USP do sistema de cotas para estudantes negros brasileiros está ao centro, por sua vez, de “As Placas São Invisíveis”. A premiação o distinguiu “pelo convite de refletir sobre a invisibilidade das barreiras sociais, políticas e econômicas que muitas vezes impedem a plena participação de todos os indivíduos na sociedade”.

Uma menção honrosa foi atribuída na disputa de curtas. “Aguyjevete Avaxi’i”, de Kerexu Martim, sobre os rituais no plantio de milho pela aldeia Kalipety, foi destacado “pelo cuidado, pela poesia, mas sobretudo pela reconstrução da vida”.

Composto pela diretora Helena Solberg, pelo cineasta e ensaísta Mark Cousins e pelo diretor e curador Sérgio Tréfaut, o júri internacional escolheu como melhor longa-metragem internacional “Cento e Quatro”, do alemão Jonathan Schörnig, e como melhor curta “Só a Lua Entenderá”, dirigido pela costa-riquenha Kim Torres.

Estruturado a partir do recurso a multitelas acompanhando um resgate em alto-mar, “Centro e Quatro” foi saudado pelos jurados como “um filme que olha para uma das mais importantes questões dos nossos tempos - imigração - de uma forma crua, envolvente e cheia de adrenalina”. Já o curta de Torres, passado numa vila litorânea, conquistou o prêmio como “um retrato poético e onírico da infância e do envelhecimento”.

Destacando o alto nível das competições internacionais, o júri concedeu duas menções honrosas em cada categoria. Entre os longas, distinguiram-se “Diários da Caixa-Preta”, da japonesa Shiori Ito, sobre sua batalha na denúncia da violência sexual da qual foi vítima, e “Zinzindurrunkarratz”, do espanhol Oskar Alegria, “uma generosa e sensorial peregrinação experimental pela memória e pelo som.” As menções para curtas foram atribuídas a “Parentesco Indesejado”, do diretor bielorrusso Pavel Mozhar, sobre as vítimas da guerra da Rüssia na Ucrânia, e “Como Agradar”, da finlandesa Elina Talvensaari, enfocando as kafkianas dificuldades do sistema de asilo a imigrantes no país.

Realizada em parceria com a Cinemateca Brasileira, a 21ª Conferência Internacional do Documentário apresentou quatro encontros já disponíveis no YouTube do festival. Na mesa de abertura, Mark Cousins exibiu em première mundial a introdução de 8 minutos da série “A História do Documentário” a qual atualmente se dedica, rodando nesta sua primeira visita ao país um dos episódios, com ênfase na produção da década passada.

Os pioneiros registros etnográficos de Dina e Claude Lévi-Strauss, realizados em comunidades indígenas de Mato Grosso e Rondônia entre 1935 e 1936, foram analisados na segunda conferência por Carlos Augusto Calil e Luísa Valentini.

Em debate com a curadora Anna Glogowski sobre os documentários em torno da revolução que liquidou o autoritarismo salazarista em Portugal, Sérgio Tréfaut apresentou um raro levantamento filmográfico e frisou a participação de Glauber Rocha (1939-1981) nas filmagens do documentário coletivo “As Armas e O Povo” (1974), rodado no calor da hora. Por fim, no encontro de encerramento em homenagem ao centenário de nascimento de Thomaz Farkas (1924-2011), o crítico e curador Rubens Fernandes Junior sintetizou seu papel fundamental na aurora da fotografia moderna no país, enquanto Eduardo Escorel e Jorge Bodanzky lembraram o engajamento de Farkas no desenvolvimento do documentário brasileiro, assim como suas participações na produção de um dos curtas-metragens (Visão de Juazeiro, 1970) da obrigatória série que se tornou clássica como a “Caravana Farkas”.

A celebração anual pelo festival acentua o desafio da hora: condições efetivas de distribuição e exibição no país para a bela safra revelada. Filmes e público, há.


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