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02/19/2021
Os Quinze do Oscar
Por Amir Labaki

Há muito a celebrar na lista de 15 semifinalistas ao Oscar 2021 de melhor documentário de longa-metragem. Uma ou outra preferência pessoal pode ter sido frustrada, mas se trata de um conjunto sólido, diverso e cosmopolita, com variedade estilística e excelência quase unânime. Sequer podemos falar em grandes surpresas, com a maior parte dos selecionados já comentados ou destacados nos últimos meses nesta coluna.


Cerca de meia década após a eclosão dos movimentos #MeToo e #OscarsSoWhite, as reformas levadas a cabo pelo departamento de documentários da Academia refletem fortemente na maior diversidade e internacionalismo dos classificados para lutar agora por uma vaga entre os cinco indicados que serão conhecidos em 15 de março. Oito dos 15 filmes são dirigidos ou codirigidos por mulheres. Nove são produções não americanas ou tratam de questões de fora dos EUA. A lista abrange afro-americanos, asiáticos, latinos, a comunidade LGBT+ e portadores de necessidades especiais.


A variedade estilística marca a meia dúzia de representantes devotados a questões ou personagens americanos. “Até o Fim: A Luta pela Democracia” (Amazon Prime), de Lisa Cortés e Liz Garbus, combina entrevistas, material de arquivo e gravações exclusivas para combater as barreiras de supressão de voto que têm discriminado especialmente afro-americanos nas eleições, tendo ao centro a militante do Partido Democrata Stacey Abrams, liderança fundamental para o triunfo na campanha presidencial de Joe Biden no Estado da Geórgia.


A batalha pelos direitos afro-americanos está ao centro tanto de “Time” (Amazon Prime), de Garrett Bradley, quanto de “MLK/FBI”, do mestre Sam Pollard. O primeiro recupera, a partir de filmagens domésticas, a luta de Fox Rich pela libertação do marido condenado a 60 anos por assalto a banco. Pollard mergulha em arquivos inéditos para radiografar a devassa no cotidiano do líder Martin Luther King Jr. (1929-1968) conduzida pelos asseclas de J. Edgar Hoover (1895-1972).


O dinamismo do registro do Cinema Direto marca o empenho de Amanda McBaine e Jesse Moss em acompanhar um ciclo de treinamento de jovens lideranças em “Boys State” (Apple TV). Por sua vez, “Crip Camp: Revolução pela Inclusão” (Netflix), de James Lebrecht e Nicole Newnham, combina depoimentos e arquivos fotográficos e audiovisuais para recordar o impacto inclusivo de um campo para adolescentes com necessidades especiais do começo dos anos 1970.


O dispositivo documental mais original deste grupo destaca “As Mortes de Dick Johnson” (Netflix), de Kirsten Johnson. Contando com a radical parceria de seu pai, Johnson carnavaliza o ritual de sua última despedida, encenando diversas hipóteses para sua futura morte.  


Fronteiras entre ficção e documentário são também desafiadas por “O Agente”, da chilena Maite Alberdi, e “Notturno”, do italiano Gianfranco Rosi. Maite infiltra um investigador improvisado para documentar o dia a dia num retiro de anciões. Já o arquipremiado Rosi (“Fogo no Mar”) usa um mosaico de registros, realizados durante três anos na Síria, no Iraque, Líbano e Curdistão, para capturar traumas de sobreviventes da guerra civil síria desde 2011.


A potência do registro ao vivo multiplica a força de “76 Dias”, de Weixi Chen, Hao Wu e um cineasta anônimo; “Collective”, do romeno Alexandre Nanau, e “Bem-Vindo à Chechênia”, de David France. “76 Dias” talvez seja o filme definitivo sobre o pioneiro confinamento em Wuhan, China, provocado pela onda inicial de covid-19. A militância cívica do jornalismo investigativo contra a corrupção do poder público faz “Collective” lembrar “Todos os Homens do Presidente” (1976), de Alan J. Pakula.


Já “Bem-Vindo à Chechênia” (disponível no Now) já fez história como o primeiro documentário também semifinalista na disputa do Oscar de  efeitos especiais, devido ao recurso da alteração digital do rosto de alguns de seus personagens. A razão é de segurança: garantir anonimato para vítimas potenciais da repressão à comunidade LGBT+ na região da Chechênia ex-soviética.


Muitos distintos são os três documentários empenhados em questões ecológicas. Em “Gunda”, o russo Victor Kossakovsky concentra radicalmente o foco na vida em fazenda da porca que dá título ao filme, ao lado de sua ninhada e de outros animais. Se “Gunda” remete a alguns dos filmes de natureza de Walt Disney, é Jacques Cousteau que vem à mente em “Professor Polvo” (Netflix), de Pippa Ehrlich e James Reed. A dupla acompanha o convívio submarino por um ano do cineasta sul-africano Craig Foster com um polvo da península do Cabo. Por sua vez, Michael Dweck e Gregory Kershaw investigam em “The Truffle Hunters” a busca e o preparo das raras trufas brancas do Piemonte italiano.


Finalmente, “The Painter and the Thief”, do norueguês Benjamim Ree, é uma espécie de thriller existencial. Uma jovem artista plástica localiza o ladrão de um de seus quadros — e o que se segue é mais dramático que a maior parte das ficções.


O vigor do conjunto espelha-se na classificação de dois desses títulos, “Collective” e “O Agente”, também entre os 15 semifinalistas na categoria de melhor filme internacional — uma raridade para documentários. Que ambos tenham sido destacados pelo júri internacional do É Tudo Verdade do ano passado é uma honra — e uma bela chancela.






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