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07/31/2020
O Doc pelo Público Europeu
Por Amir Labaki

É o tema que motiva um espectador a assistir um documentário. A principal faixa etária de público para o cinema não-ficcional varia entre 34 e 54 anos e a menos atraída tem entre 16 e 24 anos. O streaming é largamente a forma mais popular de acesso. É o que diz a mais recente pesquisa sobre os espectadores de documentários na Europa, lançada mês passado pela organização Moving Docs em parceria com festivais, distribuidores e salas do continente.

O levantamento foi realizado entre novembro de 2019 e janeiro deste ano, ouvindo cerca de 1500 participantes voluntários pela internet, com maior participação de espectadores de Espanha e Grécia. A própria Moving Docs reconhece que “esta amostra pode não representar a população europeia como um todo”, mas “pode apesar disso trazer interessantes informações sobre as características e comportamento da audiência do filme documentário”.

Quase 3/4 dos entrevistados assistiram a seis ou mais documentários de longa-metragem (o foco da pesquisa) nos últimos 12 meses, mais de três vezes a média do público europeu. Coube ao pesquisador britânico Huw D. Jones, da Universidade de Southhampton, no Reino Unido, sistematizar e redigir o relatório do levantamento, cuja íntegra pode ser consultada na internet.

A pesquisa concentra-se em seis questões: quem vê documentários, onde o faz, por que os assiste, qual impacto do filme não-ficcional, quais títulos recentes foram mais impactantes e como incrementar o visionamento destes filmes. De quebra, extrai-se uma relação dos documentaristas preferidos da atualidade.

Quase a totalidade dos mais jovens (98%) assiste regularmente a filmes de ficção, enquanto pouco mais da metade (61%) têm documentários em seu cardápio audiovisual. O visionamento doméstico, mesmo antes da corrente pandemia torná-lo exclusivo, já era largamente a forma predileta, com as plataformas via internet sendo utilizadas por quase a metade dos pesquisados. 

A difusão por televisão é a segunda preferida, sendo seguida pela frequência a projeções de documentários em festivais de cinema. O cinema não-ficcional em salas comerciais ocupa apenas o quarto posto, sendo o DVD a forma de consumo menos disseminada (apenas 10% dos entrevistados).

Para a escolha dos títulos, o assunto é o principal atrativo. Em segundo lugar, o nome de seu diretor. Boas resenhas superam um currículo de premiações.

77% dos participantes disseram ter sido sobretudo emocional o impacto principal de sua experiência com documentários. Um maior conhecimento de um tópico social, de um país, de um evento histórico ou um personagem impactou em média 50% dos pesquisados.

Exatos 525 documentários distintos foram destacados, sendo que 71% dos títulos foram lembrados apenas uma vez. Mais de metade do total (52%) tem o inglês por língua original. Datam dos últimos dez anos 70% das obras destacadas, sendo 32% dos últimos três anos.

Apenas onze produções foram destacadas por ao menos 10 entrevistados. A primeira e a décima são dirigidas por Joshua Oppenheimer, formando seu díptico sobre a repressão militar na Indonésia dos anos 1960: “O Ato de Matar” (2012), com 27 menções, e “O Olhar do Silêncio” (2014), com onze. 

Dividem o segundo posto duas produções suecas da última década: “Procurando por Sugar Man” (2012), de Malik Bendjelloul, e “A Teoria Sueca do Amor” (2015), de Erik Gandini. O quarto documentário de maior impacto é “O Sal da Terra” (2014), retrato do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado codirigido por Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado.

Indicações ou vitórias no Oscar fazem sim diferença. Seis dos dez títulos mais lembrados concorreram ou venceram o prêmio de longa documental da Academia, sendo o mais recente “Honeyland” (2019), de Tamara Kotevska e Ljubomir Stefavov (disponível em múltiplas plataformas no Brasil).

Oppenheimer lidera a lista de cineastas com maior número de citações (38, divididas entre seus dois filmes). Apenas cinco outros realizadores alcançaram mais de 10 lembranças por múltiplos títulos: Wim Wenders, Michael Moore, Patrício Guzmán, Werner Herzog (o campeão em diversidade, com 9 títulos destacados) e Agnès Varda (1928-2019).

A pergunta que não quer calar: como ampliar o interesse dos jovens por documentários? Segundo a pesquisa, eles buscam títulos sobre assuntos de seu interesse específico. Gostariam ainda de ter acesso a um maior número de títulos não-ficcionais nas salas de cinema -e receber mais informações sobre estas estreias. Não parece um desafio de outro mundo, logo superadas as restrições da pandemia. Menos para nós, com outros processos de demolição em marcha, bem entendido.
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