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28/02/2025
A Hora do Oscar

Por Amir Labaki


O cinema brasileiro nunca esteve mais próximo de receber seu primeiro Oscar do que neste domingo (2), na 97ª cerimônia de entrega da premiação anual da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. Indicado em três categorias, incluindo pela primeira vez a disputa com uma produção nacional como finalista a melhor filme, “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles a partir do livro memorialístico homônimo de Marcelo Rubens Paiva, chega à reta final entre os favoritos para dois prêmios, o de melhor filme internacional e o de melhor atriz para Fernanda Torres.


As chances parecem ligeiramente maiores na antiga categoria de melhor filme de língua não-inglesa. Apesar das intensas polêmicas que enfrentou sobretudo a partir das mídias sociais, o concorrente principal é o outro dos cinco indicados também presente na disputa de melhor filme, “Emilia Pérez” do francês Jacques Audiard, que liderou no número de indicações (13) do ano.


O musical venceu nesta categoria o BAFTA, o “Oscar” britânico, e o Globo de Ouro. Por sua vez, “Ainda Estou Aqui” afirmou-se no último mês com excelente repercussão de crítica e de público nos EUA, somadas ao igualmente positivo desempenho internacional e ao impulso do robusto acolhimento pelo espectador brasileiro e do papel histórico no país de rememoração da repressão violenta pela ditadura militar de 1964. Não se subestime, porém, correndo por fora, a possibilidade de triunfo do iraniano “A Semente do Fruto Sagrado”, o urgente drama político do hoje exilado Mohammad Rasoulof sobre a brutal máquina opressora do regime radical islâmico.


A sutil e tocante performance de Fernanda Torres, catapultada pela vitória como melhor atriz de drama no Globo de Ouro, concorre com a saga da volta por cima, tão cara a Hollywood, de Demi Moore em “A Substância”. A reinvenção da carreira da outrora popular estrela de “Ghost” (1990) e “Proposta Indecente” (1993) já lhe valeu também um Globo de Ouro, bizarramente na categoria de melhor atriz de comédia ou musical, e o prêmio do Critics Choice.


A disputa embolou pela arrancada recente da revelação Mikey Madison em “Anora”, distinguida com o BAFTA. A espanhola Karla Sofía Gascón, de “Emilia Pérez” faz história como a primeira atriz transgênero indicada, mas suas chances minguaram com o desgaste pelas descabidas postagens desenterradas de outros tempos em mídias sociais. Se vitoriosa, Fernanda vai se juntar a Sophia Loren (Duas Mulheres, 1961) e a Marion Cotillard (Piaf, 2007), as duas únicas premiadas com o Oscar de melhor atriz por desempenhos em línguas não-inglesas.


Há algum tempo a disputa pelo Oscar de melhor filme não apresenta igual equilíbrio. Desde o triplo triunfo nas últimas semanas nas competições das associações de diretores (DGA), de produtores (PGA), e de roteiristas (WGA), “Anora”, de Sean Baker, desponta como o favorito da hora. É uma simpática comédia dramática sobre o envolvimento de uma jovem prostituta americana com o herdeiro de um magnata russo em visita hedonista aos EUA. Sem spoilers, o roteiro evolui de forma mais original do que o prometido pela sinopse.


“O Brutalista”, de Brady Corbet, é o grande épico dramático da competição. Com quase três horas e meia de duração, astutamente divididas por intervalo, acompanha em ritmo compassado e tom grandiloquente a reconstrução nos EUA da vida de um arquiteto judeu húngaro (Adrien Brody, favorito a melhor ator) que sobrevive ao Shoah. Mais bem dirigido do que eficazmente roteirizado, ainda assim entrega muito mais do que a safra habitual do cinema americano.


As vitórias como melhor filme no BAFTA e de melhor elenco pela associação dos atores (SAG)  reposicionaram na disputa “Conclave”, de Edward Berger, sobre uma reunião de cardeais para a eleição de um novo Papa. Encenado com esmero (mas Berger não concorre entre os diretores) e interpretado em chave alta por elenco encabeçado por Ralph Fiennes (merecidamente indicado), seu calcanhar de Aquiles se encontra no enredo originado de um romance de Robert Harris. Como ainda é possível estruturar uma trama de forma tão eurocêntrica e preconceituosa, poupando detalhes em respeito a quem ainda pretenda assisti-lo? Pasme-se que o roteiro adaptado de Peter Straughan já tenha vencido o BAFTA, o Globo de Ouro e pareça ter garantido o Oscar.


Ainda mais imprevisível é o prêmio para melhor documentário de longa-metragem. Os concorrentes são “Diários da Caixa Preta”, sobre a agressão sexual de que foi vítima a diretora Shiori Itô (menção no É Tudo Verdade 2024); “No Other Land”, de Basel Adra, Hamdan Ballal, Yuval Abraham e Rachel Szor, sobre a destruição por tropas israelenses de um vilarejo palestino, anterior à atual escalada macabra no Oriente Médio; “Guerra de Porcelana”, de Brendan Bellomo e Slava Leontyev, a respeito da guerra russa na Ucrânia; “Sugarcane: Sombras de Um Colégio Interno”, em que Emily Kassie e Julian Brave NoiseCat investigam abusos e desaparecimentos numa escola canadense para indígenas; e “Trilha Sonora para um Golpe de Estado”, ensaio de Johan Grimonprez sobre jazz, Guerra Fria e o assassinato do líder congolês Patrice Lumumba em 1961.


Não seremos só nós que assistiremos ao Oscar na ponta das poltronas.




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