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09/08/2024
Olímpiadas em Filme

Por Amir Labaki


A febre quadrienal das Olimpíadas me apanhou de novo. Maratonista televisivo, o sono vai para o espaço. A síndrome de abstinência inicia-se neste domingo com o encerramento dos XXXIII Jogos Olímpicos em Paris. Não raro, bate antes, ainda durante a competição, no longo período de espera entre o fim da tarde e a madrugada, como dita a diferença de fuso horário.


Um site do Comitê Olímpico Internacional (COI), no endereço www.olympics.com, oferece um santo remédio. Quase todos os mais de 40 documentários oficiais realizados por encomenda, tanto para os Jogos de verão quanto para os de inverno, estão lá gratuitamente disponíveis, com legendas múltiplas, inclusive em português.


A série começa com a reconstituição em documentário da quinta Olímpiada, em 1912 em Estocolmo (Suécia), e segue com os primeiros jogos de inverno, em 1924 em Chamonix (França). Encerra-se com o documentário dirigido por Breno Silveira sobre os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, em 2016, e a competição olímpica de inverno de 2018 em PyeongChang (Coréia do Sul) pelas lentes de Seung-Jun Yi.


Entre as principais ausências, das disputas mais populares de verão, destacam-se os registros dos segundos Jogos parisienses, há exatamente um século; “Olympia”, o tão influente quanto polêmico documentário rodado por Leni Riefenstahl sobre as Olimpíadas na Berlim nazista em 1936; e o díptico mais recente (Lado A e Lado B, 2022), dirigido por Naomi Kawase sobre os Jogos de Tóquio (Japão) em 2021, adiados um ano devido à pandemia de covid-19.


Como sempre em conjuntos de filmes de origem institucional, há obras que marcaram a história do documentário esportivo e títulos mais convencionais. A saga dos bastidores de uma das produções ainda dos tempos do cinema silencioso me parece imbatível. Em 1928, para a nona Olimpíada, em Amsterdã (Holanda), as filmagens foram confiadas pelo comitê olímpico holandês ao Instituto Nacional LUCE, da Itália já fascista de Mussolini. Frente à grande oposição da imprensa e da indústria cinematográfica da Holanda, a LUCE associou-se para a produção ao renomado estúdio alemão UFA, ainda antes de seu controle pelos nazistas com a ascensão em 1933 de Hitler. Vetada a versão italiana pelos holandeses, o documentarista germânico Wilhelm Prager realizou uma nova versão em longa-metragem (Jogos Olímpicos: Amsterdã 1928) ao lado do editor e publicitário holandês Jules Perel, então oficialmente aprovada e distribuída, sendo restaurada em 2016 pelo COI.


Outra grande história atrás das câmeras marca “As Olimpíadas no México” (1969), a única destas produções indicadas ao Oscar de melhor documentário. Antes de tornar-se cineasta, seu diretor, Albert Isaac, concorreu na equipe de nadadores mexicanos dos Jogos de 1948 (Londres, Inglaterra) e 1952 (Helsinque, Finlândia). Seu filme diferencia-se pela ampla cobertura de provas as mais diversas, pela atenção com todos os participantes, para muito além dos vencedores, e pelo drible na utópica neutralidade política exigida pelo COI, com o destaque ao protesto antirracista dos velocistas afro-americanos Tommie Smith e John Carlos, punhos erguidos, com luvas pretas, em pleno pódio, durante a execução do hino dos EUA. (Em 2012, Ugo Giorgetti realizou um belo documentário enfatizando a dimensão política ainda mais ampla daqueles primeiros Jogos na América Latina, "México 1968 – A Última Olimpíada Livre").


Dois filmes disputam para mim a medalha de ouro de melhor documentário olímpico entre os produzidos pelo COI. O primeiro é “Tokyo Olympiad” (Olimpíadas de Tóquio, 1965), sobre os Jogos de 1964, dirigido por Kon Ichikawa. Um dos grandes jornalistas americanos a escrever sobre esportes, George Plimpton, foi certeiro: sua ideia central “era apresentar uma imagem fragmentada dos Jogos, em vez de um documentário noticioso (...) Ichikawa presta sempre muita atenção a assuntos de pequena importância. Muitos close-ups. Um rosto exausto. Uma bandeira tremulante. Uma consideração notável é dada aos pés, aos tênis de corrida, (...) exaltando aquela parte do corpo que simboliza a natureza física dos Jogos”.


A segunda obra-prima é a produção mais heterodoxa da coleção. “Visions of Eight” (Visões de Oito, 1973), como adianta o título, é um mosaico por renomados cineastas, de origens e estilos distintos, sobre as trágicas Olimpíadas de Munique (Alemanha) de 1972. O massacre por terroristas palestinos de onze atletas e treinadores israelenses aparece, de forma sutil e contundente, apenas no último episódio, “The Longest” (A Mais Longa), em que John Schlesinger retrata a maratona a partir da experiência de um modesto competidor britânico.


A originalidade do conceito vinga apesar do natural desnível entre as partes. A sequência apresenta as contribuições do russo Yuri Ozerov (O Começo, sobre os momentos logo antes das provas), da sueca Mai Zetterling (O Mais Forte, sobre os levantadores de peso), do americano Arthur Penn (O Mais Alto, sobre o salto com vara), do alemão Michael Pfleghar (As Mulheres, sobre as ginastas), do mesmo japonês Kon Ichikawa (O Mais Rápido, sobre a corrida de cem metros), do tcheco Milos Forman (O Decatlo), do francês Claude Lelouch (Os Perdedores), e do britânico Schlesinger.


Acredite: emoção é o que não falta mesmo para os atletas de poltrona.


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