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02/08/2024
Retorno a Bogdanovich

Por Amir Labaki


Morto há pouco mais de dois anos, Peter Bogdanovich (1939-2022) está em toda parte. A Caixa Cultural no Rio de Janeiro apresenta até o próximo domingo (4) uma retrospectiva quase completa de seus filmes para a tela grande. Num livro póstumo de entrevistas na França, o diretor de “A Última Sessão de Cinema” (1971) repassa minuciosamente sua atribulada trajetória, de um dos mais prestigiados diretores da geração batizada, na virada dos anos 1960 para os 70, como a Nova Hollywood (Altman, Coppola, De Palma, Friedkin, Penn, Scorsese) a cineasta bissexto nas últimas quatro décadas de vida. Até podcaster ele se tornou, num último projeto que teve de ser concluído pelo amigo e diretor Guillermo del Toro (A Forma da Água).


Bogdanovich terminou sua saga fechando um círculo ao revisitar os grandes diretores da Hollywood clássica que ajudou a valorizar em seu início como crítico, curador e historiador de cinema nos anos 1960. Para seu podcast “One Handshake Away” (a um aperto de mão de distância) convidou uma nova geração de cineastas hoje no auge do prestígio para conversar sobre a obra de mestres a partir das minuciosas entrevistas realizadas por ele (muitas reunidas no obrigatório “Afinal, Quem Faz os Filmes”, Companhia das Letras, 984 págs, 2000, infelizmente esgotado).


Dos sete episódios que seguem o formato planejado, Bogdanovich teve tempo de conduzir apenas os quatro primeiros. Com Del Toro discute Hitchcock; com Quentin Tarantino, Don Siegel; com Rian Johnson, Orson Welles; e com o documentarista Ken Burns, John Ford. Del Toro o substitui nos três últimos, abordando Howard Hawks com Greta Gerwig, Fritz Lang com Julie Delpy e Raoul Walsh com Allison Anders.


Apresentado pela atriz, produtora e ex-mulher de Bogdanovich Louise Stratten, o podcast é um playground para cinéfilos: bastidores dos encontros originais de Bogdanovich, trechos deliciosos dos depoimentos, influências jamais imaginadas vindo à luz. Como bônus, um oitavo episódio reúne Wes Anderson e Noah Baumbach para discutir tanto a obra Bogdanovich quanto sua influência pessoal como “mentor” de ambos.

Se em “One Handshaken Away” Bogdanovich generosamente divide o holofote, no livro de Jean-Baptiste Thoret o palco é todo dele. “Peter Bogdanovich – Le Cinéma Comme Élégie: Conversations” (Carlotta, 2023, 220 págs, 20 euros, ainda inédito em português) se assemelha, na intenção biográfica e na estrutura acronológica, a “Este É Orson Welles” (Globo, 651 págs, esgotado), o volume de entrevistas realizadas por Bogdanovich com o diretor de “Cidadão Kane” (1941). Editado a partir de uma série de depoimentos colhidos a partir de 2009, sempre em Los Angeles, o livro de Thoret se distingue sobretudo pelo tom mais jornalístico e menos informal.


Em oito capítulos, “O Cinema Como Elegia” se alterna entre o mergulho na impressionante cultura cinematográfica (hollywoodiana seria mais preciso) de Bogdanovich e a discussão a fundo, da gênese à recepção, de uma dúzia dos 18 longas-metragens ficcionais para cinema dirigidos por ele entre 1968 (o thriller “Na Mira da Morte’, produzido por Roger Corman) e 2014 (a comédia romântica “Um Amor a Cada Esquina”, subestimada e marcadamente lubitschiana). Para um quadro ainda mais completo, só mesmo na edição do livro de memórias já anunciado.

“Sem querer parecer pretencioso”, conclui o cineasta ao fim das conversas, “toda vez que aceitei compromissos, eles (os filmes) falharam”. É didático quanto à trajetória meteórica de sua trajetória que Bogdanovich sustente que, do conjunto de sua produção, tenha exercido “controle total” apenas sobre quatro filmes de sua fase inicial.


Rodados todos em pouco mais de meia década, são eles a estreia ainda na franja independente com “Na Mira da Morte” e três filmes feitos em sequência: dois de seus maiores sucessos hollywoodianos, as comédias “Esta Pequena É Uma Parada” (1972), estrelada por Barbra Streisand e Ryan O’Neal, e “Lua de Papel” (1973), também com Ryan e sua filha Tatum O’Neal (a mais jovem premiada com um Oscar), e o drama adaptado de Henry James  com Cybill Shepherd  no papel título, “Daisy Miller” (1974), um devastador fracasso de público e crítica que inaugurou o rápido declínio de sua carreira. Note-se a ausência na lista da obra-prima que o catapultou para a linha de frente de sua geração: o melancólico, mas duro “A Última Sessão de Cinema”.


Na introdução ao livro, Thoret frisa duas características essenciais da obra de Bogdanovich. A primeira é a sua busca constante de atingir o grande público, como seus mestres do auge de Hollywood, creio que sobretudo o Howard Hawks de “Levada da Breca” (1938), “Jejum de Amor” (1940), “Bola de Fogo” (1941).


A segunda é, de uma forma ou de outra, girar em torno do próprio cinema ou do mundo do espetáculo: no primeiro caso, “Na Mira da Morte” e “A Última Sessão de Cinema”, “No Mundo do Cinema” e “O Miado do Gato”, até documentários, como “Dirigido por John Ford” (1970) e sua despedida com “O Grande Buster: Uma Celebração” (2018); no segundo, “Impróprio Para Menores” (1992), “Um Sonho, Dois Amores” (1993), “Um Amor a Cada Esquina”. Não poderia ser mesmo mais certeiro o subtítulo da retrospectiva carioca: “Uma Vida Para o Cinema”.


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