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É Tudo Verdade

Se o É Tudo Verdade 2020 parecia ter sido o festival do ano da Covid-19, esta 26ª edição será a segunda no que poderá se confirmar como a era da pandemia. A maior tragédia sanitária da história brasileira, que já superou em vítimas fatais mesmo a catástrofe da gripe espanhola de 1918, não tem fim à vista. A cada vida perdida, a toda família golpeada, cumpre afirmar e reafirmar que o luto é de todos e de cada um de nós. O “Funeral Blues” de W. H. Auden tornou-se uma espécie de reza coletiva cotidiana, com a agravante de que apenas simbolicamente, pois, isolados, podemos seguir o cortejo do féretro e suplicar para o relógio parar.


Na reinvenção forçada de nossas rotinas, com o prazer comunitário das salas de cinema largamente inviabilizado, festivais viram-se alijados de sua essência convivial, mas, solidários em sua missão, social como cultural, buscaram cada qual sua própria reengenharia. A realização de muitos deles em streaming, como este É Tudo Verdade, tem buscado honrar seu compromisso de destacar anualmente a excelência das novas safras cinematográficas, fomentar o debate de ideias e oferecer a seu público uma janela privilegiada – ainda que de outro tipo – para o mundo.


Dividido em duas etapas em 2020, o É Tudo Verdade se orgulha de ter alcançado a marca recorde de mais de 116 mil espectadores, pela primeira vez em escala nacional. Também na esfera internacional foi um ano de conquistas honrosas, como a seleção entre 21 eventos homólogos planetários que qualificaram seus filmes selecionados num fast track inédito para a disputa do Oscar, e a pioneira presença entre os festivais parceiros do Festival de Cannes na organização excepcional da versão on-line do 1annes Docs do Marché du Film.


Maiores o público e o reconhecimento, cresce proporcionalmente a responsabilidade. Auxilia-nos a enfrentá-la neste ano a potência de mais uma safra riquíssima de documentários, graças ao talento e à determinação de cineastas do Brasil e do mundo inteiro. A seleção do É Tudo Verdade 2021 espelha como nem mesmo o mais nefasto dos vírus anula o poder do cinema. O vigor das mostras competitivas e dos programas especiais dirime quaisquer dúvidas.


Agradecemos a todos os cineastas, produtores, equipes técnicas e distribuidores que, mesmo diante de uma conjuntura tão nebulosa, confiaram ao festival o privilégio da pioneira apresentação de suas obras ao público. 


Nossa gratidão é igualmente imensa para os patrocinadores, apoiadores e parceiros que mais uma vez nos distinguiram com sua confiança para concretizar o objetivo comum de garantir, apesar das dificuldades incomuns desta triste hora, a realização de um evento compromissado com a excelência e a diversidade da produção audiovisual não ficcional.


É esta também a marca indelével da obra da fotógrafa e documentarista Maureen Bisilliat, celebrada pela foto que nos honra estampar na capa deste catálogo. Mais que a efeméride de seu 90º aniversário, homenageamos a força e a originalidade de uma extensa produção multiplicada em inúmeros formatos. Brasileira por escolha, Maureen com sua paixão nos abre sempre os olhos para um Brasil antes invisível.


Nonagenário em agosto próximo, Ruy Guerra é outro brasileiro por opção (ou “vício”, como prefere) cuja multiplicidade de talentos encanta e expande nossa cena cultural há mais de seis décadas. Criador maior deste século e um quarto do cinema (Os Fuzis, Erêndira, Estorvo), mestre inspirador de gerações mundo afora, Ruy transferiu sua inquietude mesmo para suas experiências pontuais com documentário, sobretudo ao ajudar a fundar as bases para uma cinematografia autônoma em sua Moçambique natal quando finalmente independente. Vê-lo e ouvi-lo é uma honra maior desta edição.


Todo festival de documentários reflete de alguma forma o legado do cineasta francês Chris Marker (1922-2012). Nada mais natural, assim, que frisar esta dívida no centenário de seu nascimento. Uma mostra especial apresenta clássicos incontornáveis e raras obras que iluminam sua formação e sua herança. Em parceria com o Itaú Cultural, a 18ª Conferência Internacional do Documentário mergulha integralmente em sua vida e obra, incluindo seus fortes laços com a América Latina.


Não é preciso esperar efemérides, como o 80º aniversário que alcançará em 2022, para louvar Caetano Veloso. Ter sido cinema sua vocação inicial já justificaria investigar sua persona cinematográfica, como iniciamos num ciclo de documentários na Spcine Play e em outras plataformas. Mas o que verdadeiramente pauta esta mostra é uma exigência de gratidão – íntima, por certo, mas também cívica.


Na corrente pandemia, Caetano foi muito mais que a trilha musical de nossa dor e solidão angustiadas. Foi ele sobretudo uma companhia certa destas horas incertas: nas postagens caseiras de Paula Lavigne; na reconstituição urgente em Narciso em Férias, de Renato Terra e Ricardo Calil, da vilania de sua prisão pela ditadura militar; nos dois shows emergenciais transmitidos em 2020, autênticas missas pagãs que nos irmanaram no isolamento e nos reconciliaram com a alma de um país vilipendiado. Enquanto Auden rogava silenciar os pianos, o violão de Caetano Veloso suavemente conosco chorava. 


Rever sua trajetória é, assim, reencontrar o duro cinema concreto da história contemporânea brasileira – e de nossas vidas. Por que não?

 

Cuidem-se todos – e tenham um belo festival!

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