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10/07/2020
O Caçador da Cópia Perdida
Por Amir Labaki

Desenvolvendo o projeto de “The Search for the Lost Print – The Making of Orson Welles’ ‘The Magnificent Ambersons’” (A Busca da Cópia Perdida – A Produção de “Soberba” de Orson Welles) há mais de um quarto de século, não é um semestre ou pouco a mais de espera, devido ao veto a viagens internacionais em consequência da pandemia, que desanimará o cineasta americano Josh Grossberg. Ele e sua equipe planejavam gravar no Rio e Brasil afora, de 4 a 6 semanas, durante este mês e o mês passado.

Sua primeira viagem ao país aconteceu no final de 1994, voltando para novas pesquisas no ano seguinte. Josh credita seu professor no curso de cinema na Northwestern University de Chicago, Rich Johnson, por “abrir-me os olhos para o gênio de Welles, o primeiro cineasta moderno que revolucionou o cinema e legou-nos a forma artística que hoje temos”, escreveu-me ele desde sua quarentena em Nova York.

Sua reação inicial a “Cidadão Kane” (1941) foi curiosamente “algo fria”. Foi assistir a “A Marca da Maldade” (1958) que “realmente me desvendou o estilo fílmico virtuosístico de Welles”. Viu então “Soberba”, “aos 19 anos”, e ficou impressionado “com o retrato por Welles de uma era antiga muito diferente da que em outros filmes do período”.

Ao marcar uma viagem de férias ao Brasil com um amigo para o verão de 1994, Johnson contou-lhe, “numa excitação vertiginosa”, sobre “a tumultuada produção de ‘Soberba’ e, claro, sobre a lendária cópia perdida”. “Achei a história fascinante”, lembra Josh.

Se Rich Johnson apresentou-lhe a trama, a forma nasceu de seu encontro na noite daquele Natal, já no Rio, com o cineasta brasileiro Rogério Sganzerla (1946-2004). Um dos maiores especialistas mundiais na obra de Welles, Sganzerla já havia dedicado a ele dois filmes, “Nem Tudo É Verdade” (1986), sobre as atribuladas filmagens de “It’s All True” em 1942, e “A Linguagem de Orson Welles” (1990).

Sganzerla disse a Josh que também pensara em ir atrás da cópia da montagem original de 131 minutos enviada pela RKO para Welles no Rio, mas jamais o fizera. “Em nossa conversa”, recordou o documentarista americano, “concebemos um filme sobre a busca e Rogério sugeriu que fosse uma história pessoal -um filme que não assegurasse ter realmente descoberto algo (ainda que a aventura potencialmente levasse a isso), mas ao invés disso um filme mapeando a jornada de um jovem diretor pela carreira e pela mente de um dos cineastas mais influentes”.

“A busca da cópia perdida seria o foco mas o documentário mergulharia na produção de ‘Soberba’; sua remontagem pelo estúdio e a demissão abrupta que mudaria para sempre o curso da carreira de Welles; e sua estadia no Brasil filmando ‘It’s All True’”, resume Josh, no que ainda é uma boa sinopse de seu projeto.

Durante sua primeira viagem ao Rio, Sganzerla o apresentou ao pesquisador Michel do Espírito Santo, ligado à Cinemateca do MAM. “No final dos anos 50 ou início dos 60, ele tinha cruzado com latas com o selo ‘RKO Films’ que pertenceram a Welles num edifício que não era o da Cinemateca e que lá aparentemente estavam desde os anos 40”, contou Josh. A cópia estava em bom estado e Espírito Santo acreditava que poderia ser de “Soberba”.

Seu destino? “Michel me deu algumas pistas a seguir: nomes de vários colecionadores de filmes no Brasil e pessoas que trabalharam com Welles em sua estadia no Brasil”. Em seu retorno ao país em 1995, ele e Rogério tentaram localizar alguns dos colecionadores privados mas logo descobriram que precisariam do reforço de recursos e de um investigador.

Josh voltou aos EUA, não conseguiu alavancar a produção na época e continuou ruminando o projeto, até que uma entrevista ao diário francês “Le Monde”, há exatamente um ano, o animou a retomá-lo. No entretempo, seu parceiro Sganzerla nos deixou precocemente em 2004.

Além dos depoimentos já colhidos do montador Robert Wise (1914-2005) e do diretor Peter Bodganovich, “The Search for The Lost Print” deve ouvir ainda alguns colecionadores brasileiros e seus herdeiros, a atriz e diretora Helena Ignez, viúva de Sganzerla, e especialistas em Welles do calibre de Simon Callow, Joseph McBride e Jonathan Rosenbaum. Josh avalia também usar trechos da recente recriação em animação, por Brian Love, de cenas cortadas de “Soberba”. Se você quiser ter uma ideia da mais de meia hora que foi extirpada pela RKO, encontrará um resumo na parte final de “Este É Orson Welles”, de Peter Bogdanovich (Globo, 1995, disponível em sebos).

Orson Welles pretendia fazer no Rio a première mundial de “Soberba”, em março de 1942, numa versão que seria por ele mesmo narrada em português. Quem sabe, para liquidar a urucubaca em torno de sua jornada brasileira, Grossberg concretize parcialmente o velho plano, oitenta anos depois, estreando aqui a versão integral se recuperada? “Apesar de tudo”, sustenta ele, “uma montagem original de “Metrópolis” (1927) por Fritz Lang foi encontrada na América do Sul e uma inédita versão de estendida de “A Paixão de Joana d’Arc” (1928) apareceu na Noruega”. Como diz Josh, não custa sonhar.

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