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14/02/2020
“Parasita“ Recalibra o Oscar
Por Amir Labaki
 
E o Oscar piscou. Com o triunfo de “Parasita”, do sul-coreano Bong Joon-ho, pela primeira vez, em 92 anos de premiação, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood coroou como melhor produção um filme falado numa língua que não a inglesa.  

Surpresa? É pouco. Surpreendente já fora, cerca de vinte minutos antes, Bong Joon-ho superar o favorito Sam Mendes, de “1917”, na premiação de melhor diretor. O cineasta já celebrara até então o primeiro Oscar na história para a Coréia do Sul, com o prêmio de roteiro original, e o primeiro Oscar de filme internacional, como foi neste ano rebatizada a antiga categoria de melhor filme estrangeiro.  

A vitória de “Parasita” tornou a noite também histórica para a Academia. Errei como quase todo mundo na previsão, apostando que “1917” repetiria as conquistas principais na associação dos produtores, no Bafta (o Oscar britânico) e no Globo de Ouro, mas acertei na análise de tratar-se de mais um ano em que se fortalecia o processo de inclusão e internacionalização do Oscar, ao contrário das críticas acerbas recebidas no anúncio das indicações. O progresso é real, como resposta às consecutivas ondas de protestos do #OscarsSoWhite (2015-2016) e #MeToo (2018).  

Assim, não só na distribuição de estatuetas a 92ª cerimônia do Oscar, pela segunda vez consecutiva sem um mestre de cerimônias fixo, ostentou a crescente diversidade. Artistas americanos de origem afro, asiática, latina conduziram a festa, que teve também pela primeira vez uma maestra, a irlandesa Eímear Noone, conduzindo a execução pela orquestra da Academia a apresentação das trilhas sonoras concorrentes. O roteiro da noite, e não apenas em tiradas cômicas, esteve permeado por uma autêntica “mea culpa” pela ausência de mulheres na disputa do prêmio de direção e pela isolada indicação de apenas uma atriz afro-americana (Cynthia Erivo, por “Harriet”, ainda inédito por aqui) nas quatro categorias de interpretação.  

“America First”? Não mais aqui, Mr. Trump, respondeu a Academia, consagrando como campeão da noite, com quatro estatuetas incluindo a principal, uma produção sul-coreana. No segundo posto, eis ainda uma obra britânica, “1917”, vencedora em três categorias (efeitos especiais, fotografia e mixagem de som).A premiação em seu todo foi ecumênica, distribuindo troféus para quase todos os maiores indicados (Coringa, Era Uma Vez em Hollywood e Ford vs. Ferrari levaram cada um dois para casa). A exceção, como aqui previra, foi “O Irlandês”, de Martin Scorsese, que elegantemente assistiu à mais uma longa noitada em que as louvações pelos premiados no palco não se traduziram em reconhecimentos concretos pelos votantes da Academia.  

A cerimônia não testou a paciência apenas do diretor novaioquino. A obsessão por números musicais desconectados da premiação só não foi mais exasperante do que a distribuição modorrenta de esquetes pretensamente cômicos para os apresentadores dos prêmios, na ausência de um mestre de cerimônias para perpetra-los. Será preciso muito mais do que performances sem pé nem cabeça como a do rapper Eminem para atrair para Oscars futuros a atenção do público jovem.  

Hollywood continuou celebrando Hollywood sobretudo na distribuição dos prêmios de interpretação. Os favoritos triunfaram: Renée Zellweger (Judy) como melhor atriz, Joachin Phoenix (Coringa) como ator, Laura Dern (História de um Casamento) e Brad Pitt (Era Uma Vez Em Hollywood) como coadjuvantes. Zellweger superou-se para compor uma decadente Judy Garland e Phoenix reinventou um ícone pop da HQ, mas os triunfos de Dern e Pitt, sempre competentes e há muito merecedores de uma estatueta, pareceram carregar um tanto de reconhecimento atrasado pelas iluminadas carreiras.  

Quando duas gigantescas estrelas vermelhas iluminaram o palco do Dolby Theatre, por uma fração de segundos petistas devem ter se sentido vingados e bolsonaristas espumado de raiva, até perceberem tratar-se não de uma homenagem cifrada ou de uma explícita provocação e sim de um extravagante cenário para Elton John defender ao piano a soporífera canção "(I‘m Gonna) Love Me Again” de sua cinebiografia “Rocketman”, que lhe valeu o segundo Oscar -e o primeiro a seu genial letrista, Bernie Taupin.  

Momentos antes, confirmara-se a previsível superação de “Democracia em Vertigem”, da brasileira Petra Costa, por “Indústria Americana”, de Julia Reichert e Steven Bognar. Quem reverberou no palco a máxima marxista do “trabalhadores, uni-vos”, a partir de seu extraordinário filme sobre a veloz eliminação tecnológica do operariado industrial, foi afinal uma documentarista dos EUA. Como que reverenciando o legado antimacartista de Kirk Douglas (1916-2020), Tom Hanks logo daria a deixa de que naquela noite todos e cada um eram Spartacus

 
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