Ministério da Cultura e Itaú apresentam
PORTUGUÊS   //   ENGLISH

Email cadastrado com sucesso.
Favor complete seu cadastro.

*Nome
Cidade
Estado
País
Categoria
  • APRESENTAÇÃO
    • » É Tudo Verdade
    • » Amir Labaki
    • » Agradecimentos
  • REALIZAÇÃO
    • » Itaú Cultural
    • » Sesc São Paulo
    • » Spcine
    • » Ministério da Cultura
  • PROGRAMAÇÃO
    • » Programação de Filmes
  • PREMIAÇÃO
    • » Júri 2025
    • » Premiação Oficial
  • GALERIA
    • » Fotos
    • » Vídeos
  • NOTÍCIAS
  • APOIO
  • IMPRENSA
    • » Releases
    • » Clipping
  • EQUIPE
    • » Equipe
  • EDIÇÕES ANTERIORES
  • CALENDÁRIO DE FESTIVAIS
    • » Calendário de Festivais
  • CONTATO
» newsletter
Cadastre-se aqui para receber as novidades do festival
enviar »
» busca filmes
2012/13/14/15
16/17/18/19/20
21/22/23/24/25
 
» Home /
Notícias /
é tudo verdade no canal brasil
25/01/2019
“O Fio da Memória”, de Eduardo Coutinho

Nosso filme da semana é “O Fio da Memória”, de 1991, o segundo documentário de longa-metragem de Eduardo Coutinho.

 

Realizado após a consagração com “Cabra Marcado para Morrer”, “O Fio da Memória” é um filme de encomenda sobre o centenário da abolição da escravidão no Brasil, completado em 1988. De todas as produções de Coutinho, talvez tenha sido esta a mais farta em recursos. Combina investimentos principalmente da Funarj, origem do projeto, e da Embrafilme, entre as fontes nacionais, e de três TVs europeias, além do Hubert Bals Fund do festival de Roterdã.

 

O resultado foi um fracasso, que abalou por quase uma década a vida e a obra de Coutinho. Sequer lançado comercialmente nos cinemas brasileiros, o documentário fez sua estreia em São Paulo em quatro sessões no Museu da Imagem e do Som em agosto de 1993. Como seu diretor, foi quando conheci Coutinho. Referindo-se ao filme como “um troço”, não deixava dúvidas sobre seu descontentamento.

 

Passado um quarto de século, “O Fio da Memória” permanece sua obra menos conhecida.  Tem hoje o fascínio dos grandes filmes fracassados. Coutinho era o menos adequado documentarista para o projeto, como confirmaria o resto da sua carreira.

 

Nada menos “coutiniano” do que um filme de encomenda com compromissos didáticos sobre um tema nobre e genérico. Ele fez o possível para seguir o desconfortável modelo histórico-sociológico, ao mesmo tempo que resguardava algum espaço de respiração para o cinema que lhe interessava.

 

Como em “Cabra”, dois narradores se alternam: Ferreira Gullar mais uma vez apresenta o texto explicativo, cabendo a Milton Gonçalves interpretar os escritos e falas do personagem central, Gabriel Joaquim dos Santos, um filho de escravos falecido no Rio em 1985 que teve a trajetória documentada por Amélia Zaluar.

 

Gullar cuida da encomenda, discorrendo sobre a história da escravidão e apresentando parte da rica herança afro-brasileira, como o samba e o candomblé, a umbanda e o Carnaval, trabalhados em esquetes rodados em várias partes do estado do Rio entre 1987 e 1989. A Gonçalves coube o que realmente interessava a Coutinho: a personalidade de Gabriel, que encheu cadernos com “fatos do cotidiano, da história da região e da história do Brasil” e esculpia sua Casa da Flor.

 

Se essa narrativa do individuo se desenvolve sem sobressaltos, a histórico-sociológica é aqui e ali implodida. Um irreconhecível Coutinho começa perguntando generalidades em “off”, de “como foi a abolição?” a um filho de escravos a “quem foi Zumbi?” a um grupo de estudantes. Aos poucos, as entrevistas rareiam e vão se tornando mais específicas e pessoais, como que tateando o método que se consolidaria a partir de “Santo Forte”, em 1999.

 

Surgem então dois momentos iluminados. No primeiro, dona Ercy, uma filha de baiana que se casou com o neto do poeta Cruz e Souza, inaugura no cinema de Coutinho a personagem que complementa a entrevista com um canto. No segundo, como destacou o co-produtor do filme Eduardo Escorel, o quase octagenário Aniceto da Império Serrano desconcerta Coutinho ao assumir as rédeas da conversa, o encher de perguntas e acabar por etiquetá-lo: “o senhor é inocente demais”. As raízes do melhor cinema futuro de Eduardo Coutinho se agarram ai.



Todas as segundas-feiras às 22h, com reapresentação às 13h30 das quartas-feiras e às 18h dos domingos.


Sky – canal 55

  

Claro TV – canal 67

  

Net - canal 150

  

Vivo TV – canal 79 (cabo) canal 566 (DTH)

  

Oi TV – canal 66

  

GVT – canal 103



Curadoria, Apresentação e Direção Geral: Amir Labaki


Produção Executiva: Mônica Guimarães
 

Assistentes de produção: Ana Paula Almeida e Tetê Andriolli  

Fotografia: Erick Mammoccio


Técnico de Som: Leandro Alves 


Edição: Beatriz Domingos


Direção: Kiko Mollica 


Gravado no Reserva Cultural 


Realização: É Tudo Verdade e Canal Brasil

 

Compartilhar
« Voltar
» patrocínio
» parceria
» apoio cultural
» realização
  • APRESENTAÇÃO
    • - É Tudo Verdade
    • - Amir Labaki
    • - Agradecimentos
  • GALERIA
    • - Fotos
    • - Vídeos
  • EQUIPE
    • - Equipe
  • REALIZAÇÃO
    • - Itaú Cultural
    • - Sesc São Paulo
    • - Spcine
    • - Ministério da Cultura
  • PROGRAMAÇÃO
    • - Programação de Filmes
  • IMPRENSA
    • - Releases
    • - Destaques
  • NOTÍCIAS
  • PREMIAÇÃO
    • - Júri 2025
    • - Premiação Oficial
  • CALENDÁRIO DE FESTIVAIS
    • - Calendário de Festivais
  • CONTATO
  • APOIO
  • EDIÇÕES ANTERIORES
Rua General Jardim, 770 - cj. 8A - 01223-011 - São Paulo - SP / Tel. 11 3064.7485