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coluna semanal no valor econômico
24/03/2017
Críticos Elegem Top 100 Docs BR

Por Amir Labaki


Como se esperava, “Cabra Marcado Para Morrer” (1984) de Eduardo Coutinho foi eleito o melhor documentário da história do cinema brasileiro por um levantamento realizado pela Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Nenhuma surpresa tampouco que Coutinho seja o cineasta com maior número de filmes (9) incluídos entre os cem mais votados.


Nada menos que três dos dez mais foram dirigidos por Coutinho. Além de “Cabra”, “Jogo de Cena” (2007) ocupa o segundo posto e “Edifício Master” (2002), o quarto. Entre eles, em terceiro lugar, “Santiago” (2006), de João Moreira Salles. Outro documentário dirigido por João, neste caso em parceria com Kátia Lund, “Notícias de Uma Guerra Particular” (1999), ficou no sétimo posto.


A lista dos dez mais votados apresenta ainda “Serras da Desordem” (2006), de Andrea Tonacci, em quinto; “Ilha das Flores” (1989), de Jorge Furtado, em sexto; “Ônibus 174” (2002), de José Padilha, em oitavo; “Di” (1977), de Glauber Rocha, em nono; e “Aruanda” (1959), de Linduarte Noronha, no décimo posto. A lista completa se encontra em www.abraccine.org e será analisada, filme a filme, num volume previsto para o segundo semestre deste ano.


O topo da lista espelha desde logo tendências marcantes no conjunto da votação. Em primeiro lugar, o predomínio de produções datadas a partir de 2000. Nada menos que 55 dos preferidos pela crítica foram realizados neste período, com ligeira vantagem para a década passada (28) frente a corrente (27).


As décadas de 1960 e 1970 vêm a seguir com 12 produções cada. Os títulos mais antigos são duas produções ainda da era silenciosa: “No Paiz das Amazonas” (1922), de Silvino Santos (71o lugar), e “São Paulo, Sinfonia da Metrópole” (1929), de Adalberto Kemeny e Rudolf Rex Lustig (28o). As mais recentes são do ano passado: “Cinema Novo”, de Eryk Rocha (33o), “Imagens do Estado Novo; 1937-1945”, de Eduardo Escorel (98o), e “Martírio”, de Vincent Carelli (23o).


A segunda tendência é a ênfase na produção de longas-metragens (7 dos 10) frente a de curtas e médias-metragens (3). Na relação como um todo, a preferência pelos longas é ainda mais marcante, com apenas 19 curtas e médias-metragens situando-se entre os 100 mais.


O predomínio de produções das duas últimas décadas está em sintonia com este império dos longas-metragens: historicamente, até a revolução digital dos anos 1990 impulsionar a produção e o debate do cinema não-ficcional, era muito mais rara a realização de longas documentais, com documentários brasileiros quase sendo totalmente identificados com obras de curta ou média-metragem.


Não por coincidência, data deste período (1996) o surgimento do É Tudo Verdade. Nenhuma surpresa, portanto, que onze dos vencedores nacionais do festival marquem presença na lista, a começar de “O Prisioneiro da Grade de Ferro” (2003), de Paulo Sacramento, no 11o posto.


É curioso comparar o resultado da recente pesquisa entre os críticos da Abraccine e levantamento similar realizado em 2000 pelo É Tudo Verdade com menor número de votantes mas de perfil mais amplo, incluindo também cineastas e curadores. Todos os dez mais de então se encontram entre os 44 mais votados agora, sendo que quatro dos dez mais coincidem, a começar de “Cabra” na primeira posição. Os novos seis escolhidos para o topo da lista foram todos realizados após a votação organizada pelo festival.


Voltando ao recorte autoral, é também natural que Eduardo Coutinho, líder e símbolo maior da valorização do documentário no país nestas duas décadas, seja de longe o diretor do maior número de títulos destacados. Em segundo lugar, cada qual com 4 obras entre as 100 mais, encontram-se o principal realizador de documentários vinculado ao Cinema Novo, Leon Hirzsman, e um dos mais originais renovadores da linguagem documental nesta fase mais recente, João Moreira Salles.


São inegáveis o frescor, o vigor e a variedade, autoral e estilística, dos cem títulos da votação da Abraccine. Deve-se levar em conta, porém, questões referentes ao recorte geracional dos votantes e de acesso a títulos menos recentes como fatores de peso para o amplo domínio de produções já deste século.


A destacar entre as ausências, clássicos da era silenciosa do major Thomas Reis e de João Batista Groff, curtas realizados pelo pioneiro Humberto Mauro para o INC entre as décadas de 1940 e 60, títulos da Caravana Farkas dos anos 1970, ao menos três clássicos da primeira fase independente do Globo Repórter também na década de 1970  (“A Mulher no Cangaço”, de Hermano Penna, “Retrato de Classe”, de Gregório Bacic, “O Último Dia de Lampião”, de Maurice Capovilla), documentários curtos experimentais dirigidos por Arthur Omar nos anos 1970 e por Carlos Adriano a partir de 1990, para não falar de obras com a excelência de “Terra dos Índios” (1978) de Zelito Viana, “Chico Antônio – Um Herói Com Caráter” (1983) de Eduardo Escorel e “Carmen Miranda – Bananas Is My Business” (1995), de Helena Solberg.


Todo panteão pessoal carrega, afinal, muito de autobiografia.


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