Nosso filme da semana é “Meia Hora e as Manchetes
que Viram Manchete”, longa-metragem de estreia de Angelo Defanti.
Um novo capítulo
da história do jornalismo popular brasileiro se escreveu no Rio de Janeiro a
partir do lançamento em 2004 do tablóide “Meia Hora”. Formato prático e preço
baixo foram essenciais mas sua breve trajetória de sucesso deveu-se mesmo ao
sensacionalismo bem-humorado, e politicamente incorreto, de suas capas.
Algumas manchetes
dão uma ideia: “Chorão Troca Charlie Brown por Sepultura”. “Polícia Distribui
Azeitonas e Ladrões de Restaurante Viram Presunto”. “Luana Não Tem Mais
Dado Em Casa”.
Chamar atenção e
pautar papos na rua e no serviço eram o essencial, não ética e bom-gosto. A
fórmula funcionou por um tempo, como lembram em entrevistas uma ciranda de
jornalistas e executivos ligados à história do jornal. Animações com capas e
anedotas da redação são assim o centro do filme.
Opiniões externas
surgem pontualmente, como a de uma das musas do “Meia Hora”, Valesca Popozuda,
e do sociólogo Muniz Sodré. Trata-se menos de um documentário analítico como o
recente “O Mercado de Notícias”, de Jorge Furtado”, do que um estudo de caso,
como Renata Druck fizera antes, em 2002, com o “Notícias Populares” paulistano
em "Nasceu o Bebê Diabo em São Paulo".
Defanti não julga
– recupera e, sim, diverte. Afinal, quem lê tanta notícia?
Todas as segundas-feiras às 22h, com reapresentação às 13h30 das quartas-feiras e às 18h dos domingos.
Programa no Canal Brasil
Sky – canal 55
Claro TV – canal 67
Vivo TV – canal 79 (cabo) canal 566 (DTH)
Oi TV – canal 66
GVT – canal 103